Eu já pratiquei Taekwondo

era mais ou menos assim:

Dica de poupança: livros (quase) de graça

Descobri há pouco tempo um site que permite a troca de livros grátis e achei importante partilhar e espalhar a mensagem. Chama-se Winkingbooks.

Como é que funciona?
Basicamente
adicionamos os livros que temos em casa e que já não queremos e/ou que estamos dispostos a dar e por cada livro ganhamos 1 ponto. Com um mínimo de 10 pontos (portanto 10 livros) já podemos pedir o primeiro livro.

Por cada livro enviado para Portugal ganhamos 10 pontos, para a Europa 20 pontos e para o resto do mundo 30 pontos. Também é possível fazer uma Wishlist dos livros que pretendemos ter. Quando um livro da nossa Wishlist estiver disponivel receberemos um alerta por e-mail.


Quanto custa?
O custo é apenas o do envio dos livros. Quando recebemos não pagamos nada. Mas o envio tem um custo baixo uma vez que é possível enviar através de uma tarifa especial para livros existente nos CTT. Mesmo que os funcionários do balcão desconheçam essa tarifa informem que está no site dos CTT! Tudo o que têm de fazer é levar o livro num envelope almofadado ou numa caixa e só fechar na presença do funcionário para que tenha a certeza que nada além do livro é enviado nesse envelope. Podem também reciclar envelopes e embalagens para poupar dinheiro (e árvores!).

O registo no Winkingbooks é gratuito. Eu já comecei, vou enviar 4 livros e já pedi um, que já vem a caminho! Com os pontos que acumular dos livros que enviei depois posso pedir mais!

Acho que o Winkingbooks é uma maneira fixe de contornar a crise e continuar a ler livros, que a maior parte das vezes têm um preço proibitivo em Portugal. Por isso aproveitem!

Ponto de vista extremamente lógico

“Nunca compreendi o que aflige as pessoas na homossexualidade vizinha, porque se o coração do vizinho não dói no meu, o rabo do vizinho também não dói no meu.

O que me interessa nos vizinhos passa mais por reconhecer que genericamente se portam com equilíbrio mental. Nunca penso em regras para lhes disciplinar o amor.”



Valter Hugo Mãe, na apresentação do livro Teodorico e as Mães Cegonhas (escrito por Ana Zanatti, ilustrado pelos Storytailors), visto no Publico.

Always

"O Amor será sempre maior que o medo. Sempre."

por Filipa Milagaia no Pelos Olhos de Neptuno.




prove me wrong.

Não é grande novidade, mas é sempre triste ver noticias destas

Bolseiros do Instituto Tropical sem receber desde Fevereiro

2011-07-10

foto IICT
Bolseiros do Instituto Tropical sem receber desde Fevereiro

Investigadores do Instituto de Investigação Científica e Tropical estão sem receber desde Fevereiro. Alguns bolseiros tiveram de abandonar a instituição, estando agora no desemprego, alertou a Associação de Bolseiros de Investigação Científica.

"Houve bolsas que foram suspensas em Fevereiro e outras em Março e até agora, que a gente saiba, as situações ainda não foram corrigidas. Alguns investigadores tiveram de pedir ajuda aos pais", contou Susana Neves, da direcção da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), citada pela Agência Lusa.

Segundo a ABIC, nesta situação estariam inicialmente 13 bolseiros mas alguns acabaram por abandonar a instituição, estando agora no desemprego. Os que permanecem no IICT, "estão a trabalhar sem receber", lamentou Susana Neves.

A ABIC diz que o pagamento de bolsas em vários projectos de investigação está suspenso há meses, alertando para o facto de o valor das bolsas representar o "único rendimento destes bolseiros". A responsável da ABIC sublinha que "estes bolseiros não são estudantes do IICT, mas sim investigadores com grau académico superior".

Em declarações à Lusa, a presidente da ABIC, Ana Teresa Pereira, lembrou que as "várias queixas" feitas à associação já motivaram uma reunião de emergência da direcção da associação para tentar apurar as razões do atraso dos pagamentos.

Em Portugal existem cerca de 17 mil bolseiros a trabalhar na área da investigação. Ou seja, milhares de pessoas "trabalham diariamente com estatuto do bolseiro, sem um vínculo laboral mas sim um subsídio de manutenção mensal", explica Ana Teresa Pereira. Muitos vivem assim "há dez ou 15 anos", sublinha a presidente da associação.

Por isso, em Portugal, ser bolseiro é sinónimo de ser trabalhador precário: "Não dá direitos como dá aos outros trabalhadores: não descontamos para a segurança social, nem IRS, não recebemos o 13.º mês nem subsídio de férias", resume a representante da ABIC.

A agravar esta situação, as bolsas não são actualizadas desde 2003 o que significa que os investigadores já "perderam quase 20% do seu poder de compra". Por exemplo, actualmente, o valor mensal das bolsas para doutoramentos é de 980 euros.

A ABIC tem vindo a reclamar uma actualização regular das bolsas indexada à Função Pública: "Queríamos apenas ter os mesmos direitos que os outros trabalhadores".

Com a mudança de governo não houve qualquer anúncio no sentido de alterar a legislação e o programa de governo é "pouco concreto em relação à investigação científica e aos bolseiros", sublinhou Ana Teresa Pereira.

Perante este cenário, o que leva os jovens portugueses a não abandonarem o país? A ABIC realizou um estudo recentemente que concluiu que são as razões familiares e depois as questões patrióticas que fazem com que a fuga de cérebros não seja ainda maior.

A presidente da ABIC sublinha que "todos os bolseiros vivem uma situação incerta e só continuam a fazer investigação porque é algo que realmente gostam".

Bolseiros do Instituto Tropical sem receber desde Fevereiro - JN

A vida afinal até é "simples"...



via Cocó na Fralda

Re-aparecimento fotográfico

Breve re-aparecimento fotográfico, para uns apanhados de Paris em 2011...




Salut 2011! Appel aux nuages...




(Turner, Shade and Darkness - the Evening of the Deluge)


On aimerait bien voir le nouvel an parisien avec un tout petit peu de ciel bleu... On comprend si la venue du soleil en janvier nous apporte un peu plus de froid, mais on a vraiment besoin de lumière! C'est urgent! Merci!

Votos de um Natal zen



O nomadismes deseja um Natal pacifico e com boas energias a todas as almas nómadas e sedentárias que por aqui passam. Muitas rabanadas e poucos sarilhos!

Mais francesismos

Na sua mais recente barbaridade e expressão de ignorância, Marine le Pen comparou as orações dos muçulmanos em lugares públicos a um acto de ocupação. Depois desculpou-se dizendo que um acto de ocupação não é necessariamente ligado à ocupação alemã da segunda guerra mundial, mas a outros exemplos como a ocupação inglesa no tempo de Joana D'Arc. Bref... Mais curiosa, julgo eu, a opinião da ala conservadora do PS que considera intolerável a oração muçulmana nas ruas de França. Não espero muito tempo para ouvir em breve mais uma lei de caça às bruxas nesta terra, onde a discussão sobre o laicismo já passou todos os níveis do bom-senso. Laurent Joffrin num artigo intitulado "Préjugés" publicado no Libération esforça-se por recordar a esta gente confusa e delirante o que significa realmente laicismo:

"La laïcité ne consiste pas à s’attaquer à telle ou telle religion comme on brandissait jadis l’épée des croisés. Songerait-on, par exemple, à interdire les processions catholiques ? La laïcité - la vraie - consiste à garantir la neutralité de l’Etat et à organiser la tolérance envers les cultes reconnus, qui ont droit de cité aux termes de la tradition républicaine. Il serait bon de s’en souvenir".

o artigo completo para quem precisar de ser esclarecido: http://www.liberation.fr/societe/01012309461-prejuges

Francesismos

A médica simpática perguntou-me se eu trabalhava. Sim, disse eu, dou aulas de português. Sorriu imediatamente. Sorriem sempre quando digo isto, de repente perdoam-me o sotaque, perdoam-me o facto de ser portuguesa sem ter bigode e sem ser porteira. Passam a tratar-me bem. Parece-lhes de repente tudo lógico. É uma frase que esclarece todos os equívocos. Se dou aulas de português em França, de repente já faz sentido o facto de morar cá, já não estou a roubar nenhum trabalho aos franceses, a minha emigração torna-se aceitável e mesmo apreciável. Coisa que nunca aconteceu quando disse que escrevia uma tese sobre o teatro do absurdo. Era o que faltava mais uma emigrante inútil a aproveitar-se do nosso sistema de saúde. Quando cá cheguei respondia à mesma questão dizendo que era empregada doméstica ou que estudava. Nem sempre lhes parecia lógico que andasse por cá a estudar. Já empregada doméstica assentava que nem uma luva no meu sotaque e condição. Mas tratavam-me sempre pior. Nunca sorriam. Gosto de sentir esta mudança de tratamento, de condição, as pequenas vitórias que alcancei como ter um apartamento em vez de um quarto com wc no corredor. Nutro-me com sentimentos comezinhos, incho-me de alegria por já não ser tratada como porteira. Devia ter vergonha na cara e revoltar-me por de repente me começarem a tratar bem por motivos tão estúpidos. Não é o facto de ter o buço feito e de não ganhar mais a vida a limpar a merda destes gajos que me faz merecer ser bem tratada. Quanto mais me apercebo da hipocrisia e xenofobia dos franceses, mais sei o quão cobarde sou por ter entrado no sistema e hoje saber como me fazer respeitar e pô-los a sorrir em vez de escarrar. Nada me resta senão aceitar a minha cobardia e deliciar-me com endívias e coquilles Saint Jacques. Não me sobram muito mais ideais para além de me esforçar por ser competente no meu trabalho e estar ao dispor da minha entourage. Este é um tempo parco em certezas e eu só sei que não quero voltar a ganhar a vida a fazer faxina.

Prima Dona



«Oui, l’impression de plus en plus que si je n’étais pas tenue – (geste) – de cette façon, je m’en irais tout simplement flotter dans l’azur. (Un temps.) Et qu’un jour peut-être la terre va céder, tellement ça tire, oui,craquer tout autour et me laisser sortir».

Samuel Beckett, Oh les beaux jours



Acabo de ver no Théâtre de l'Athénée a menina dos olhos do Visconti e do Strehler a representar uma das melhores e mais verdadeiras Winnies de sempre. Com a poesia certeira de Bob Wilson. Winnie aparece desta vez no meio de um penhasco de asfalto. E é com muita alegria que vou ver esta prima dona de novo em italiano.Há alguém no Olimpo que gosta de mim e me presenteia com a tournée desta peça a passar por Roma quando eu lá estou. Grazie tanto Adriana Asti!!!

Plágio descarado e sem vergonha

Hoje, a dois dias de mais um mês e meio (pelo menos) de nova nomadização para mim, a uma semana de nova mudança nómada para ti, tornei-me nostálgica e fui em busca do teu primeiro post neste estaminé. Foi a 11 de Maio de 2006. E foi assim:


nómadas e descalças



Abre a janela quando o meu fumo lhe ocupa o quarto
E estende-me um casaco de malha.
Não me fica bem o azul
Não lhe ficam bem os cigarros.

Almoçamos às cinco da tarde num dia cinzento,
Descansamos sem horas nem estações.
Quotidiano sem peso de tempo que me facilita os dias.

Queixa-se de ter engordado,
De não dormir bem,
De serem cinco da tarde.
Sorrio cúmplice,
Relativizo-lhe as queixas,
Procuro dar-lhe leveza às horas.

Ela limpa-me a euforia e o terror,
A náusea e o cansaço,
Cala-me a fome e o insulto,
Mede-me a lucidez.

«Pensei que viesses ontem,
Que dia é hoje?»

Já cheguei, minha amiga
E vou-te arregaçar as mangas antes que sejam cinco da tarde.
Escolher contigo as palavras
Com a cumplicidade com que escolhemos fruta no mercado
Limpar-te as dúvidas e a gramática.

Mais do que a resistência deste exílio
Valem o caminhar na nossa nómada rotina
E os passos descalços, como aqueles que usamos
Cá em casa.

Revolutionary Road - o filme



"- Didn't have to be Paris...
- You just wanted out hein?
- I want IN. I just wanted us to live again. For years, I thought we've shared this secret that we would be wonderful in the world. I don't know exactly how, but just the possibility kept me hoping. How pathetic is that? So stupid. To put all your hopes in a promise that was never made. Frank knows what he wants, he found his place, he's just fine. Married, two kids, it should be enough. It is for him. And he's right; we were never special for destined for anything at all. "
(...)
"- I saw a whole other future. Can't stop seeing it. Can't leave. Can't stay."






Só hoje é que o vi. Agora percebo porque ficaste abananada, porque eu também fiquei, e ainda agora não consigo respirar como antes. Como desperdiçar a vida crendo numa promessa, em algo que parece que está lá, mas não está; ou que já esteve e partiu, vai dar ao mesmo. Onde é que se arrumam os sonhos, e os filmes que fazemos, onde é que se encaixam as memórias, os sentimentos que temos? (Deviam ter-se mudado para Paris)

realizações recentes

Há uns tempos para cá que me têm chegado mensagens de varias fontes, de contextos e conteúdos completamente diferentes, que se focam no mesmo assunto: a Vida, o Amor, essa criatura divina que é Deus. Que Deus é Amor, e Vida; que Vida é Amor; que Deus dá Vida; que Amar é Viver. Tudo assim muito interligado.

A primeira pista veio do filme "Oh My God", um documentário que pergunta às pessoas de todo o mundo uma simples questão, de não tão simples resposta: what is God?



Outra do filme "Into the Wild".

Ron Franz: Yeah. I am going to take stock of that. You know I am. I want to tell you something. From bits and pieces of what you have told me about your family, your mother and your dad... And I know you have problems with the church too... But there is some kind of bigger thing that we can all appreciate and it sounds to me you don't mind calling it God. But when you forgive, you love. And when you love, God's light shines through you.
Christopher McCandless: Holy shit!


Não acredito em Deus. Na Vida sim, no Amor também, na sua forma generalizada, desde a compaixão budista ao "Amai-vos uns aos outros" do Cristo. Acredito na Amizade, nas ligações humanas, na conexão com a natureza (onde se incluem outros humanos), no respeito pelo que nos rodeia. Acredito na partilha, no dar e receber.


Afinal, "Happiness only real when shared.", escreve Chris McCandless no seu diário, depois de um grande périplo pela América, e já no Alaska às portas da morte. Uma grande lição às vezes só se revela nos momentos cruciais, muitas vezes tarde de mais. A lição do Chris McCandless não lhe serviu de muito, mas foi um legado. é por isso também que acredito na historia, na importância de aprender com o passado, de deixar que ele nos talhe a existência.

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